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Como gerenciar a Logística e Supply Chain de alimentos perecíveis?

Daniel Maul Lins • Mar 10, 2020
Infográfico, Como realizar o gerenciamento da Logística e Supply Chain dos alimentos perecíveis?
A gestão da cadeia de suprimentos de alimentos perecíveis é extremamente abrangente e complexo, porém obstáculos aumentam na fase de expedição e distribuição devido às dificuldades em assegurar a qualidade do produto.

Para uma análise adequada do cenário da logística de distribuição de alimentos deveremos considerar os seguintes aspectos:

  • Visão sistêmica da logística;
  • Caracterização das restrições e condições de preservação;
  • Acondicionamento (embalagem e unitização);
  • Armazenagem; movimentações, estocagens, transferências e transbordos;
  • Transporte.

Visão sistêmica da logística

A Logística é um processo que integra o fluxo de materiais e informações, desde a fase de projeto e planejamento de um produto, recebimento de matérias-primas e componentes, produção, armazenagem até distribuição e transporte.


  • Logística de suprimentos – previsão de demanda: lotes, compras, recebimento, estocagem de matérias-primas e insumos;


  • Logística de produção - planejamento, programação e controle da produção (PPCP), lotes, produção, manuseio, movimentação interna de carga e estoques em processo.


  • Logística de armazenagem - fluxo de produção, movimentação e estocagem de produtos acabados, unitização, processamento e expedição de pedidos.

  • Logística de distribuição e transporte - planejamento da distribuição (centralizada, CD’s, atacadistas, varejistas, representantes, etc.). Define as modalidades e rotas de transporte, responsável pela retirada dos estoque, expedição até a entrega ao cliente final.


  • Custo logístico - é a soma dos custos de todos os elementos da cadeia logística, inclusive os relativos à administração do fluxo de informações.



  • Fluxo de informações - é fundamental no processo de logística ter um fluxo de informações disponível em uma plataforma para melhor visibilidade das operações.

Caracterização das restrições e condições para preservação

Para evitar a deterioração dos alimentos devemos entender as restrições de suas características biológicas, físicas e químicas. Algumas condições devemos levar em consideração para uma adequada preservação:



  • Biológica e química: contaminação, umidade, ventilação, iluminação, prazo/tempo, temperatura, exigências sanitárias, etc.


  • Física: acondicionamento/embalagem/unitização, armazenagem, empilhamento, manuseio, tempo , vibração, impacto, etc.


O tempo normalmente é um fator agravante para as condições de preservação. Normalmente a situação é mais crítica quando o alimento depende de baixas temperaturas para se manter em estado de consumo, neste caso todas as etapas da chamada “cadeia do frio” devem ser rigorosamente controladas pois qualquer alteração na qualidade do produto pode não ser recuperado.


Acondicionamento

Para manter a preservação do produto é vital ter um processo de acondicionamento adequado. No caso dos containers têm como função principal a unitização para facilitar o carregamento e descarregamento e a preservação física da carga, existem outras menos aparentes que visam o controle da temperatura, que podem ser:


Isotérmicos:
atenuam a variação rápida da temperatura interna e podem ser ventilados a partir de aberturas na parte superior e inferior, evitando o excesso de umidade e a condensação;


Refrigerados:
são equipados com sistema de refrigeração, dependendo da conexão elétrica externa que devem ficar ligadas em todas as etapas e podem manter até 30 graus negativos.


A estufagem dos produtos dentro do container é importante garantir a circulação de ar (frio ou natural) entre os paletes ou contentores quando a carga é estivada. E também garantir o PTI (Pre-Trip Inspection), onde é testado o equipamento REEFER e regulada a temperatura para a viagem.



Armazenagem

Alguns fatores e atividades que devem ser considerados:


Recebimento e expedição:
é nessa fase que ocorrem as transferências e transbordos, que são menos problemáticos, o manuseio poderá gerar danos à embalagem e ao produto.


Estocagem:
Conforme já comentado acima não se deve priorizar exclusivamente o aproveitamento de espaço (densidade), devendo ser o mesmo balanceado com a seletividade e frequência (quantidade de vezes que o produto é acessado).


Instalações prediais e equipamentos:
Estes devem ser especificados de forma a otimizar os aspectos logísticos (densidade, seletividade, frequência e custos) e os relativos à preservação do produto (temperatura, contaminação, ventilação entre os paletes, etc);


Transporte de carga

Esta fase certamente é a mais vulnerável, principalmente porque sai do controle do embarcador, entretanto todos os esforços devem ser feitos para conciliar com as restrições e condições relacionadas à preservação dos alimentos. Fatores e atividades que devem ser considerados


Embarque e desembarque:
tem problemas semelhantes aos apresentados na fase de recebimento e expedição. Para atenuar o problema é necessário a existência de instalações adequadas de recebimento e expedição, e para agilizar o processo devem ser utilizadas docas niveladoras


Transporte:
está sujeito às maiores restrições quanto à manutenção das condições para preservação de produtos perecíveis, sejam elas biológicas, químicas ou físicas. É importante verificar se os produtos estão estufados adequadamente durante todo o transporte.

A Cargosnap é uma ferramenta que ajuda na verificação e geração de evidências ao longo do processo logístico, garantindo que a etapa anterior da cadeia Logística e Supply chain cumpram todas as exigências de qualidade e de conservação do produto.


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